A realização da endoscopia para gastrite permite confirmação do diagnóstico e definição do tratamento mais adequado às particularidades do caso.
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A realização da endoscopia para gastrite é essencial em caso de suspeita da doença, permitindo que o especialista tenha informações para confirmar o diagnóstico e direcionar o tratamento mais apropriado às particularidades do caso.
Neste contexto, entender o que é a gastrite e quais são os sintomas dessa condição é fundamental tanto para que pacientes saibam quando procurar auxílio médico especializado, como para que os profissionais da saúde — que precisam saber quando é necessário solicitar a endoscopia para confirmação do diagnóstico de gastrite. Saiba mais a seguir.
Índice
O que é a gastrite?
A gastrite consiste em uma inflamação, infecção ou erosão da mucosa que reveste a parede do estômago de forma que o suco gástrico responsável pela digestão passe a lesar o tecido, causando edema, vermelhidão, erosões e até úlceras, que cursam com diversos incômodos associados.
A gastrite pode ser classificada como aguda, quando é temporária, ou crônica, sendo que o paciente pode manifestar os sintomas por meses ou mesmo anos.
Ainda que existam casos nos quais a gastrite é assintomática, na maior parte dos casos ela inclui um conjunto desagradável de sintomas como:
- Má-digestão;
- Sensação de queimação e azia;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Redução do apetite;
- Dores abdominais;
- Distensão abdominal.
Caso os sintomas estejam presentes, especialmente se forem persistentes, é essencial buscar auxílio médico especializado para realização de um exame para diagnóstico. Geralmente, a endoscopia é o exame de escolha para diagnóstico de gastrite.
O que é endoscopia e como o exame é realizado?
A endoscopia consiste em um exame predominantemente de diagnóstico, ainda que também possa ser terapêutica em alguns casos, visando o tratamento de algumas doenças do andar superior do trato intestinal — como esôfago e duodeno.
O exame, também chamado de esofagogastroduodenoscopia ou endoscopia digestiva alta, permite a visualização do trato digestivo superior, incluindo esôfago, estômago e as primeiras porções do duodeno.
Caso seja indicada a realização da endoscopia para gastrite, não é necessária internação do paciente, pois o procedimento habitualmente ocorre em âmbito ambulatorial.
O preparo da endoscopia para gastrite inclui a realização de jejum de 8 horas de sólidos e líquidos como leite ou café, além de 4 horas de jejum de líquidos claros, como água.
Um aspecto importante é o monitoramento de patologias pré-existentes na realização do exame. O uso de anticoagulantes, por exemplo, deve ser suspenso com autorização do médico que o prescreveu em casos de procedimentos antecipados de alto risco para sangramento (por exemplo, polipectomias), e o uso de medicamentos de diabetes deve ser suspenso na noite da véspera para não ocorrer um quadro de hipoglicemia.
Todas essas recomendações e particularidades do seu caso devem ser conversadas previamente entre o paciente e o médico solicitante da endoscopia para gastrite.
Para realização do exame, é utilizada uma sedação intravenosa que garante o conforto do paciente — que dorme durante o exame e acorda logo em seguida ao término. A endoscopia é realizada a partir da inserção de um aparelho com uma câmera e luz na ponta para visualização das estruturas internas, como a mucosa do estômago, esôfago e do duodeno.
Caso o especialista identifique alguma anormalidade, pode se fazer necessária uma biópsia. Da mesma forma, pode ser realizado o tratamento de pequenas lesões, como a remoção de pólipos durante o procedimento.
Ao término do exame, o paciente é monitorado e, caso não apresente nenhuma reação, é liberado em cerca de 30 minutos. Recomenda-se evitar atividades que exijam atenção — como dirigir ou andar de bicicleta — ou consumir bebidas alcoólicas após o exame, permanecendo de repouso no dia do exame.
Quando a endoscopia para gastrite é recomendada?
A endoscopia para gastrite é recomendada quando o paciente observa os sintomas da patologia, mas também se forem identificados outros sinais que indiquem patologias do trato digestivo alto, como:
- Dificuldade de alimentação e deglutição;
- Náuseas e vômitos, principalmente se forem recorrentes ou com presença de sangue;
- Dor ou queimação epigástrica;
- Regurgitação;
- Histórico familiar de tumores e neoplasias de esôfago ou estômago.
O exame também pode ser relevante no acompanhamento de patologias já diagnosticadas, como doença do refluxo ou doença péptica, como úlcera.
Por meio da endoscopia, é possível obter o diagnóstico de diferentes doenças como gastrites (erosivas e não-erosivas), doenças do duodeno (celíaca, por exemplo) e lesões neoplásicas e pré neoplásicas, como adenomas.
O especialista pode solicitar tanto a endoscopia diagnóstica como terapêutica, que são diferentes. Elas podem ocorrer no mesmo procedimento ou separadamente, com a terapêutica sendo recomendada apenas depois da confirmação do diagnóstico.
A realização da endoscopia para gastrite permite a confirmação da patologia ao viabilizar a visualização das estruturas gástricas, garantindo exatidão diagnóstica para definição mais adequada do tratamento.
Fontes:
Manual MSD;
Hospital Sírio-Libanês.